Dos fatores naturais, o clima, o relevo, e a fertilidade dos solos são alguns exemplos condicionantes que, conjuntamente, influenciam a distribuição da população portuguesa, atuando de forma atrativa ou repulsiva à fixação da população.
Assim, os Invernos mais frios e os Verões mais quentes condicionam a prática da agricultura e tornam o interior, devido ao seu clima mais agreste, repulsivo à fixação humana, ao contrário do litoral, onde a amenidade térmica e a maior disponibilidade de água favortecem as atividades agropecuárias.
O relevo condiciona também a fixação da população em determinadas áreas. É na faixa litoral, entre Minho-Lima e a Península de Setúbal e na faixa algarvia, onde o relevo é mais plano, que se concentra a maior parte da população, devido à maior acessibilidade, às melhores condições para uma prática agrícola, à maior facilidade de construção e à maior ligação ao mar e consequentemente a outros países e continentes.
Fatores Humanos
Os fatores humanos são os que exercem , na atualidade, uma maior influência na repartição da população portuguesa.
Assim a conjugação de fatores como, a mobilidade da população, a fixação de atividades económicas, o dinamismo urbano ou a acessibilidade têm atuado de forma atrativa na fixação da população no litoral do país.
mobilidade da população
Os movimentos migratórios contribuíram também para a litoralização do país.
Assim:
O êxodo rural, mais acentuado nas regiões do sul do país, sobretudo no Alentejo, foi responsável pela redistribuição da população no território nacional, com o despovoamento do interior, devido à saída de um elevado número de habitantes para as áreas urbanas, localizadas no litoral nacional, sobretudo a norte do Sado, o que se refletiu nos desequilíbrios demográficos regionais
Nos movimentos internacionais a emigração também se faz sentir de forma mais vincada nas regiões do interior, afetando, na atulidade, cidades do litoral, como Lisboa e Porto. O movimento de saída da população para outros países, tal como no êxodo rural, reflete-se no decréscimo da população, no despovoamento e no envelhecimento da população.
as atividades económicas
O litoral, mais atrativo à fixação das atividades económicas dos setores secundário e terciário, por isso mais favorável à criação de emprego e de riqueza, promove a atração e fixação da população.
O interior, com o desenvolvimento industrial e terciário mais modesto, está ainda muito dependente da agricultura, oferecendo escassaz ofertas de emprego fora do setor primário.
a acessibilidade
A existência de uma boa rede de transportes favorece o desenvolvimento e fixação das atividades económicas e da população, dado que promove a diminuição das distâncias e facilita a mobilidade das pessoas e bens.
O litoral apresenta uma melhor e mais densa rede de transportes, o que tem favorecido a crescente urbanização, a concentração das atividades económicas e da população.
a atração urbana
As cidades constituem importantes pólos de crescimento económico e de desenvolvimento, monopolizando a maioria das atividades económicas, sociais e culturais, proporcionando emprego e a possibilidade de melhoria da qualidade de vida, o que as torna atrativas à fixação da população.
O litoral concentra o maior número de cidades e de maior dimensão.
No interior, as cidades são em menor número e dimensão, destacando-se, na generalidade, as capitais de distrito, com maior dinamismo demográfico e socioeconómico.
obg pela informação
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